Bem, hoje assisti o filme de KOF. Independendo se o filme é bom ou ruim nos quesitos ação e luta, uma coisa que muitos fãs se perguntam é por que raios cargas d’água, fogem do roteiro do game. Primeiramente, antes de responder esta pergunta, irei deixar bem claro que irei me reter apenas aos filmes baseados em Fighting Games, incluindo os beat-'em-up. Então vamos ao que interessa.
Explique-me tia Bia, é tão difícil assim??? |
Se tem uma coisa que li há um bom tempo em uma revista sobre animes (agora não lembro se foi a Animax, Anime>Do, Henshin) e que devo concordar, é que adaptar o roteiro de um game de luta para um OVA ou um filme é terrível. Cada lutador possui uma motivação própria, que varia desde vingança, conhecer o mundo, provar o seu valor e ir ao encontro do mais forte. =P Para piorar a situação, meu caro gafanhoto, os roteiros de figting games não são elaborados como os de um RPG, por exemplo. Até porque em um jogo de porrada, a princípio, você irá pensar na jogabilidade, golpes, ou seja, em bater, para depois pensar, isso se pensar, em quais motivos que levou o personagem que você escolheu a estar naquela situação. São poucos os fighting games que possuem uma história mais elaborada.
Dentre os jogos que “pecam” no quesito roteiro, um deles, é o meu querido Street Fighter, com a sua história um tanto simples e, às vezes, bem confusa, até mesmo para os fãs que sacam do roteiro do game (eu e o Luiz que o digam...). Agora um fighting game que possui uma historinha mais elaborada é o meu novo queridinho, BlazBlue.
Devido ao que foi dito acima, na hora de transpotar de uma mídia para outra, é preciso fazer adaptações. Muitas das vezes, o ou os responsáveis de tal coisa, ficam entre dois caminhos:
- Tentar seguir a história do game, por mais cheia de buracos ou inconsistente que seja, fazendo algumas adaptações;
- Bater tudo num liquidificador e ver no que dá.
No caso da primeira opção, temos como alguns exemplos o anime longa metragem de Street Fighter, os filmes de Mortal Kombat, os OVA’s da série de Fatal Fury, os OVA’s de Darkstalkers, os OVA’s de KOF e os OVA’s de Street Fighter (os dois da série Zero que nos EUA viraram o movie SF Alpha e o Generations).
O longa de SF peca em alguns quesitos, como não explicar o que aconteceu com alguns personagens, ou outros que se conhecem no jogo, nem se “esbarraram” ali. O de Darkstalkers ficou tão bom, mesmo muitos personagens tendo ficado em último plano, que as pessoas confundem a história do anime com a do game. O de Fatal Fury, mesmo com algumas adaptações estranhas, seguiu, de certa forma, o que era proposto no enredo do jogo de origem.
E dentre os exemplos da segunda opção, temos os “queridos” filmes live-action de Street Fighter, o Street Fighter II V, o cartoon de SF e Darkstalkers, o filme de Tekken, de KOF, o OVA de Art of Fight, o filme de DOA e o filme de Double Dragon.
Outra coisa que percebi que fazem muitos terem ódio por esses filmes é a mania de quererem por os EUA no centro de tudo, mesmo quando não são. Acha que estou brincando? Veja só alguns destes pontos:
- Guile sendo o personagem principal e “salvador da pátria” (SF Movie);
- Chun-Li não sendo puramente chinesa e sim sino-americana (SF A Lenda de Chun-LI);
- A Mishima Zaibatsu controlar o território que outrora era os EUA (Tekken);
- Kyo Kusanagi ser um mestiço (KOF);
- A ação inteira de filme KOF se passar em Seatle e adjacências.
Observar isso é um tanto cômico. Falando no filme de KOF, é bem pior, pois há vários flashbacks do Kyo mais novo e vemos um moleque de olhos puxados!!!! Nossa, Kyo fez plástica!!!! xDDDD
Outra coisa que percebi, é que tanto na Lenda de Chun-Li, quanto em Tekken e KOF é um apelo sexual, um tanto desnecessário (sendo mais inútil do que a cena da Chun-Li no banho no anime longa metragem, e olha que eu curto fanservice, hauhauhauhauahuah), como Anna e Nina em Tekken fazendo o fetiche incesto-lésbico-que-pega-o-mesmo-homem-juntas. Isso me deixa um tanto encucada, que eu até perguntei, ao ver Mature e Vice quase se pegando, se um dia que resolvessem fazer um filme baseado em algum game, com alguma personagem declarada lésbica, se eles iriam por ou ignorá-la. A impressão que tenho é que colocam essas cenas para chamar os games nerds (e punheteiros) de alguma forma, já que pelo roteiro, pode ser um tanto complicado.
O engraçado, é que, nos animes, geralmente tendem a fazer algo mais fiel, que termina até mesmo cativando o “público normal”. Conheço muitas meninas, que mesmo não tendo jogado Fatal Fury e mal conhecendo KOF, gostam da Mai, do Terry, do Andy e de outros personagens e principalmente, gostam bastante do anime. Ou seja, será que esse não poderia ser o caminho mais sensato? Tentar transpor a história do game para as telas, fazendo adaptações no que é realmente necessário, como por exemplo omitir o Mokujin em um filme de Tekken fiel ao jogo?
Irei terminar o artigo por aqui. Depois de tanto filme sofrível baseado em fighting games, tenho medo se um dia, resolverem fazer um sobre Blablue. Se eu esqueci de citar algum, desculpem-me, mas são muitos para lembrar!!! xD Quem quiser saber um pouco mais sobre o filme de Tekken, vá no meu outro blog e sobre o filme de KOF, vá neste tópico e no blog do meu amigo Minervaldo. See ya!!!!!!!^^
OBS: A personagem que ilustrou praticamente todo o post é a Kokonoe da franquia BlazBlue! =D |
Eles estragam meu sonho de infância usando apenas uma hora e pouco de pura merda. A Mai sem peito; Iori moreno e com rabo de cavalo; Terry Bogard parecendo tiozinho; Kyo que nem um fracote lutando de espada... FILHOS DA P...!
ResponderExcluire olha que um amigo meu já locou esse filme e graças a Deus, ninguém se lembrou de assiti-lo.
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