Nihao!! hoje irei falar de um assunto delicado, que está bem em alta. A diferença é que não é uma feminista que irá falar sobre isso.
Antes de começar, querer deixar claro uma coisa. Não sou feminista, como o próprio título já diz. Tenho uma opinião sobre o movimento feminista atual, bem pessimista, não concordo com muita coisa que pregam, apesar de algumas coisas eu concordar (como por exemplo campanhas pela saúde da mulher, pelo fim da violência doméstica, etc), já tou de saco cheio de feminazis (as feministas retardadas), mas também, não vejo com bons olhos os masculinistas (ou da Real), por motivos distintos, apesar de eu concordar em alguns pontos com eles (como por exemplo, quando eles falam para fazer mais campanhas pró a saúde masculina). Sei que com essa declaração estou colocando minha cabeça a prêmio, pois existem pessoas nesses grupos que são verdadeiros "talebãs", ou seja, não aceitam uma opinião divergente e querem a cabeça do inimigo (e aí vem os ataques online, com direito a xingamentos, desde do tipo burra, até o vagabunda e coisas piores).
Agora vamos ao que interessa. A crítica abaixo é contra uma militância raivosa que vejo, que enxerga apenas um lado.
Sim, o mundo dos games ainda é predominantemente masculino. É fato, não adianta chorarem. Existem vários fatores para isso, que não irei falar, porque senão o artigo pode ficar longo demais. E isso reflete nas criações. Exemplos que pipocam, são de personagens femininas extremamente gostosas e com pouca roupa (ou que são fetiches ambulantes de um determinado tipo), que fazem muitos rapazes gostarem delas primeiro pelos atributos e depois pela personalidade.
Tal coisa chega a ser um absurdo em jogos MMORPG, onde uma guerreira com os peitos quase que de fora tem uma proteção equivalente ao de um guerreiro com armadura da cabeça aos pés. Entenda, isso algumas vezes pode ser uma exteriorização da fantasia de um desenhista ou simplesmente a forma mais fácil de atingir o público alvo, formado pela maioria de homens e alguns com hormônios a flor da pele. A menina pode falar, mas que absurdo, mas espera a Capricho não fez o mesmo com aquela coisa idiota dos Colírios? E você, menina que desenha, quantas vezes não criaste um personagem masculino ideal pra ti, com o que tu consideras bonito e atraente. E sim, antes de abrir a boca, É A MESMA COISA.
O fato da Cammy ter a bunda de fora é reflexo do que ainda acontece. Se a coisa fosse mais igualitária, creio eu, teríamos Cammys com bunda de fora, mas também mais Kens sem blusa.
Aliás, vejo bastante críticas, algumas pertinentes, sobre o nível de sexualização das personagens femininas. E estão certas. Não estou dizendo neste artigo para não reclamarem, pelo contrário, reclamem. Mas não sejam cegas. Pois, se tem algo estranho é que, quando aparece um masculino que pode ser considerado sexy, não vejo essas críticas. Ou seja, seria como uma mulher sexy em um jogo é errado, mas um homem que pode ser considerado sexy não. Exemplo?
Pegando de novo a Cammy, ela fica com o seu bundão de fora e na Super Turbo, seus peitos balançam. Enquanto isso, o Vega que é um loirão gostoso pacas fica sem blusa e com uma tatuagem enorme no peito. E sim, antes de falarem algo, cansei de ver meninas que acham o Vega sexy por esses detalhes, que adorariam ter um Vega em casa. E eu assumo, adorei a roupa alternativa do Ryu em SF IV.
"Tá, tia Bia o que queres dizer com isso?" Calma que irei chegar lá. Continuando, com essa polêmica, com as chars de pouca roupa, pego por exemplo a Ivy.
Ivy foi mais sexualizada conforme o passar do tempo. Muitas podem reclamar, que se investe em peitos mas não em personalidade (isso faz até lembrar um pouco de DOA), o que de certa forma tem sua razão, dependendo do contexto. Mas quem joga Soul Calibur (meu caso), termina conhecendo a personalidade da Ivy, uma mulher forte, que termina indo pelo lado negro sem querer, mas que possui um bom coração de certa forma. E em seu final de SC IV, aceita seu destino cruel, como uma penitente, devido aos pecados que cometeu. Ou seja, a Ivy não é apenas peitos garotas. A Ivy tem personalidade e objetivos, apesar dos peitos.
Aí vem um outro lado da história, com um personagem de outra franquia. Lee Chaolan. Lee faz o tipo que faz parte da fantasia de algumas mulheres (fantasia, entre quatro paredes, e não o homem ideal). Que tem carinha de "anjo", sorriso safado, galanteador, meio cafajeste e que tem um corpo... Lee faz muitas meninas jogadoras de Tekken pirar, da mesma forma que a Ivy. E eu particularmente, acho o Lee de smoking um "must". Ele pode não ser sexualizado como a Ivy nas roupas, mas faz um tipo que chama a atenção de mulheres. E o mesmo vale para Bryan, que ainda fica sem blusa, para o Jin...
A diferença entre Ivy e Lee é que, enquanto Ivy é mais escrachada, o Lee seria mais discreto. Ambos mexem com as fantasias de seus jogadores, pois representam tipos que chamam a atenção para esse lado. No caso do Lee, pode não ter sido a ideia inicial dos produtores, mas...
"Então tu estás justificando a pouca roupa da Ivy?" Não. O que estou querendo dizer até o momento é que ambos os sexos são sexualizados em games em maior ou em menor grau. Com isso, tu tens todo o direito de reclamar dos trajes da Ivy, o fato desses trajes terem sido criados para a alegria dos tarados de plantão, mas não deves ser cego(a) e achar que APENAS personagens femininas são transformadas em "objetos" pelos seus jogadores. Da mesma forma que um homem adora ver os peitos da Ivy no SC IV, uma garota adora ver os músculos do Devi Jin, por exemplo. Mesmo que o Devil Jin não tenha sido criado para isso.
O que quero dizer, é que sim, você gamer tem todo o direito de reclamar, da bunda da Cammy ou dos peitos balançantes da Mai, da criação de chars femininas sexualizadas ao extremo, mas não seja hipócrita em afirmar que tal coisa só ocorre com elas ou que as fãs (e alguns fãs) não fazem o mesmo com os masculinos, quando não os criadores. Sendo realista, acho ridículo uma armadura biquíni, se formos pensar na prática do que serve uma armadura, mas adorava ver o Dark Schneider lutando peladão no mangá de Bastard (e até onde sei o autor fazia isso, justamente devido ao sucesso que o mangá fez com o público feminino). E sei que uma armadura biquíni é reflexo do púbico alvo. Com isso, abre-se um leque, para ao menos duas vertentes. Inclusões de mais "Dark Schneiders" em games, deixando as guerreiras peladonas ou, deixando todos recatados. Se quer a proibição de um, mas de outro não, me desculpe, tu és hipócrita.
Creio que nesse caso, meninas sim, devem brigar por personagens menos sexualizadas, mas não a proibição total, vendo que muitas adorariam ver um char masculino nessa situação (sem falar naquelas que gostam das pouca-roupa, se é que me entendem). Devemos sim, ter mais personagens que sejam lembradas primeiro pela personalidade e depois pela aparência, como a Faith de Mirror's Edge. Porém, não devem ir numa caça às bruxas, condenando ao limbo as de pouca-roupa, enquanto ficam pagando pau para os rapazes sexys e gostosos dos games, incluindo os de pouca-roupa. Sabe aquela frase, dois pesos e duas medidas? Se aplica aqui.
Um exemplo recente é o do jogo Dragon's Crow. Ele foi mais criticado devido a sexualização das personagens femininas, enquanto no mesmo jogo há um anão semi-nu (assumo que nem tão nu quanto a amazona) lutando. "Ah, tia Bia é diferente, o anão é feio!" A Mileena é feia também, mas nem por isso deixa de ter O corpo. E o jogo, graficamente falando é uma obra de arte. Outro exemplo mais antigo é Golden Axe, onde temos uma amazona de biquíni e um guerreiro de tanga. Aposto que muitas reclamam da amazona, mas não veem nada demais um guerreiro usar uma tanga para lutar e sabemos que tanga é o melhor traje para uma batalha.
Depois de tanto blá-bá-blá meu, acredito que nessa questão da roupa, cabe a nós, aos poucos de maneira sensata mudarmos a cabeça dos produtores, sem essa de morte aos homens e fingir que não existem chars masculinos sexualizados ou sensuais. Quem sabe, depois de um tempo, teremos várias Faiths numa quantidade proporcional a Ivys, como existe com os masculinos? Mas isso vai depender da sua atitude, cara garota gamer.
24 novembro 2013
17 novembro 2013
Os manhuas de SF (Ou como a Capcom é meio dorgada) – Parte 3: Street Fighter’92 – Street of Terminator; o manhua sincero
Nihao pessoas!! Estavam com saudades minhas? Desculpem minha ausência, minha vida pessoal anda um tanto atarefada. Lembrem-se, além de ser blogueira, sou uma mamãe de família e uma cidadã respeitável que trabalha!!! xD
Well, e como ando sem tempo, no momento, resolvi reciclar uma postagem minha feita no blog do Fighters, a respeito de um dos manhuas de SF. mas esse, diferente dos outros que relatei, ao menos é sincero em sua empreitada. Ou seja, o leitor sabe que ali tem coisa. Só para constar, eu conheci o manhua através do extinto Keiko Ganbare.
Street Fighter’92 – Street of Terminator é um manhua que foi publicado lá pela década de 1990 (provavelmente em 1992, devido ao título) e, ao contrário dos outros manhuas da série Street Fighter, onde a Capcom autorizou eles fazerem as histórias, nesse ela apenas cedeu os personagens aos criadores (informação retirada do Keiko Ganbare – eu não tenho certeza disso, carece de confirmações e ao ler todo o artigo saberá o porquê das minhas suspeitas).
“Como assim tia Bia??????????? O.o Num entendi porcaria nenhuma!!!!!” Eu explico pequeno gafanhoto. Vamos para um exemplo prático:
Eu resolvo criar um mundo de fantasia medieval, mas eu gostaria de usar personagens conhecidos do grande público. Então bato um lero com a Capcom, para ver se ela me empresta os personagens da franquia Darkstalkers e Nash e Cammy de Street Fighter, óbvio que pagando o que eles pedirem pelos personagens. Então nessa minha historinha, Cammy e Nash são dois militares, pilotos de uma nave espacial que caiu em um buraco negro, parando numa realidade de fantasia medieval. Eles encontram a jovem mestiça Felícia, filha de um homem-gato com sua esposa humana, que resolve ajudá-los nessa empreitada. E aos poucos, vão aparecendo outros Darkstalkers, mas com um contexto, motivações e etc, COMPLETAMENTE DIFERENTES DOS DO GAME. Só que, ao contrário do que acontecem com algumas adaptações de cinema, em nenhum momento eu digo que essa história que acabei de falar é uma adaptação dos games para os quadrinhos, e sim algo original. Esse samba do crioulo doido que é Street Fighter’92 – Street of Terminator.
Em SF’92, nós vemos, Guile, Ken, Ryu e Chun-Li(que parecem ser os chars principais da história), em um mundo futurista, sem nenhuma ligação com a série principal. Dentre os personagens citados, o único que lembra realmente a sua contraparte no game, sem ser na aparência, é o Guile, que nessa história parece ser um policial ou um militar. De resto…
Ryu, Ken e Guile aparentemente treinaram juntos, com o mesmo mestre, que na história lembra bastante o personagem Gen. Alguns dos golpes utilizados nos games como o Hadouken, Shoryuken e o Flash Kick, fazem presença neste manhua, assim como alguns personagens, como Zangief, Dhalsim, Blanka e Honda, que fazem uma pequena ponta. E os chefões do game, que estão nessa ilustração abaixo, tem até que bastante participação na história.
Chun-Li é um grande caso a parte… Na ilustração bem acima, vemos como ela aparece nas ilustrações do gibi. Abaixo a capa de sua primeira aparição na historinha:
Sim, essa é a Chun-Li fazendo cosplay de Lynn Minmay de Macross!!!!!!!!!! O.o E assim como a personagem “homenageada”, ela é cantora! E dá a entender que conforme a vai passando a historinha ela e o Ryu começam a flertar…
E falando na Minmay, essa não é a única “homenagem” feita em cima de animes. Ao que parece (não tenho certeza, pois o treco tá tudo em chinês) o local onde Guile trabalha, chama-se A.D. Police, uma referência ao anime Bubblegum Crisis e a sua série spin off, chamada A. D. Police, que é um grupo de elite da polícia que combate o crime na fictícia e futurística cidade Megatokyo.
Em um dado momento do manhua, Guile aparece saindo de um mecha, numa clara “referência” a Ghost in the Shell. Se duvida, compare as imagens:
Outras homenagens ocorre no mangá. Em uma cena, Chun-Li aparece conversando com uma mulher que possui uma tiara na testa. Essa tiara é idêntica à Karla, personagem de Record of Lodoss War. É só fazerem a comparação:
Há também outras referências e homenagens, como um certo personagem que expande o seu Ki e fica com o cabelo arrepiado (quem lembrou do Super Sayajin ganhou um doce), as lutas, que algumas vezes são bem “dragonbonicas” e um certo personagem cuja a capa da roupa lembra a de um certo vigilante de Gotan…
“Ok, tia Bia e como é a história da bagaça???” Sinceramente, não faço a mínima ideia, meu querido. Até agora não achei nenhum site que tenha postado algum resumo em inglês. Consigo até mais informações se pesquisar em chinês mas, infelizmente, a maioria dos sites chineses que vi, em vez de possuir informações, tinha a HQ para você visualizar. A única coisa que dá para entender é que a história se passa num possível futuro e que o final dela, ao menos para mim, ficou com um quê de continuação ou algo assim (já que não entendo chinês… ¬¬).
A minha opinião final sobre esse manhua é que, ele é interessante para colecionadores e fãs da franquia Street Fighter que curtem algo diferente e/ou inusitado. A arte é bonita, dá de 10 a 0 no manhua oficial do Street Fighter II. E ao contrário de coisas “maravilhosas” como a A Lenda de Chun-Li, o filme de KOF, o desenho americano de SF e tantos outros “frankesteins”, esse manhua não tinha o propósito de fazer uma adaptação dos games para os quadrinhos e sim algo totalmente novo. Ou seja, não alimentava falsas esperanças dos fãs, já deixava bem claro o que estaria por vir.
Quem quiser dar uma conferida nele, pode dar uma olhada no blog Street Fighter Manhuas, onde pus um link para download do manhua, para vocês se deliciarem ou vomitarem!!! xD
Então, vou ficando por aqui. Não se preocupem, prometo aparecer em dezembro, mesmo que seja para fazer outra postagem dando aula sobre personagens religiosos devido a certas imagens compartilhadas no Facebook. Então, até a próxima pessoal!!!! =P
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