13 abril 2024

Capcom Locazilation Team causa polêmica

Nihao pessoal! E o post de hoje é sobre treta! E uma polêmica, que para ser bem sincera, tem dado o que falar principalmente nos EUA, mas que teve seus resquícios por aqui.

A equipe de localização da Capcom fez o seguinte post no X (Twitter):

Que traduzindo:

O que é localização?

Embarque numa aventura global através das lentes da localização de games! Além da mera tradução, estamos mergulhando na arte da adaptação cultural, preservando o contexto e contando histórias inclusivas. Junte-se a nós enquanto desvendamos as complexidades que fazem os jogos repercutirem em todo o mundo.

🌏 Não apenas traduzindo

A localização não envolve apenas traduzir palavras; trata-se de adaptar o jogo para um público global. Pense em nuances culturais, expressões idiomáticas e talento regional. Uma boa localização faz com que os jogadores se sintam em casa, onde quer que estejam!

🧐 A importância do contexto

Perdido na tradução? Não! Preservar a vibração é fundamental. Piadas, referências e até elementos de jogabilidade podem precisar de um pequeno remix cultural. É importante encontrar esse ponto ideal para garantir que os jogadores obtenham a experiência pretendida sem sentir que algo se perdeu no processo.

🗣️ Preenchendo a lacuna linguística

Cada idioma tem sua estrutura e contexto cultural únicos. Nossas equipes trabalham para garantir que a narrativa e o diálogo mantenham a coerência e o impacto emocional. Não se trata apenas de palavras; trata-se de capturar a essência da história de uma forma que ressoe no público-alvo.

🚫 Sensibilidade Cultural nos Personagens

O design e o desenvolvimento dos personagens devem ser culturalmente sensíveis. O que pode ser aceitável numa cultura pode ser ofensivo em outra. Os localizadores desempenham um papel crucial para garantir que os personagens sejam relacionáveis ​​e respeitosos, evitando estereótipos ou outras referências que possam ser percebidas como negativas em culturas específicas.

🌈 Linguagem e Representação Inclusivas

Os esforços de localização estendem-se à promoção da inclusão através da linguagem e da representação. Isto envolve adaptar não apenas os aspectos linguísticos, mas também abordar a linguagem específica de género, as normas culturais e as diversas perspectivas. O objetivo é criar uma experiência imersiva onde jogadores de diferentes origens possam se identificar com os personagens e a narrativa. Isso pode ser muito desafiador para certos idiomas devido à gramática.

😂 Adaptando Humor e Inteligência

O humor muitas vezes depende de referências culturais e jogos de palavras, o que o torna um aspecto desafiador da localização de jogos. Os tradutores devem navegar cuidadosamente pelos trocadilhos, piadas e referências culturais para manter o efeito cômico pretendido. Isso requer uma compreensão profunda do senso de humor do público-alvo, ao mesmo tempo que permanece fiel ao humor original.

🧩 Consistência na terminologia

Manter a consistência na terminologia é crucial para uma experiência de jogo tranquila e coerente. Isso se aplica não apenas à tradução de palavras, mas também à garantia de que a mecânica, as instruções e o conhecimento do jogo sejam representados de forma consistente em todos os idiomas. Estabelecer um sistema de linguagem coeso ajuda a evitar confusões e melhora a experiência geral de jogo para jogadores de todo o mundo.

Sendo bem sincera, isso me fez revirar os olhos. E não apenas eu, praticamente todas as respostas dessa publicação está lotada de gente reclamando. E irei explicar.

Quem é dos anos 80, 90 e início dos anos 2000 entenderá o que isso quer dizer.

Nos EUA está tendo diversas denúncias sobre localizadores, seja de anime, mangás e games que fazem traduções onde terminam colocando a sua visão de mundo no produto, mudando até o contexto de determinadas situações. Isso vai desde omissão de alguma informação até mesmo mudança completa de algo na história.

E antes que alguém venha me dizer que isso é coisa de quem vê lacração na própria sombra, tal coisa tem atingido até mesmo obras voltadas para o público LGBT, como o caso do mangá Koisuru (Otome) no Tsukurikata, que é um mangá yaoi onde um dos rapazes gosta de usar roupas femininas. A editora americana responsável por publicar o mangá transformou Hiura, que é o personagem que se veste como menina em uma mulher trans, alterando completamente não apenas a proposta do mangá como também diversos diálogos para se encaixar nessa nova proposta.

E ainda temos casos daqueles que fazem a tradução serem militantes de alguma cause e terminam a colocando na localização do produto, coisa que não existe na obra original.

Aqui no Brasil já tivemos algo similar no passado. Em 2011, na revista Batman #98 da Panini, numa parte da história, o carcereiro que está junto do Batman utiliza o termo petralha, que é claramente de cunho político, uma ofensa a militantes do PT ou apoiadores de seus políticos. E a história se repetiu com o mangá Adolf, em 2020, que teve uma nova edição pela Pipoca e Nanquim (a primeira foi pela Conrad), onde adaptaram uma frase colocando um cunho político e referência ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Claro que teve reclamação e com razão.

Esse é o principal ponto do pessoal estar reclamando. O medo de deturparem a obra, de omitirem ou mudar completamente fatos presente no jogo por questões ideológicas ou por qualquer outro motivo. Porém, esse não é o único motivo.

Localização de Monster Hunter Origins, de 8 anos atrás.

Quem é mais atento, sabe o quanto a Capcom já fez trabalhos terríveis de localização no passado. Citando apenas a série Street Fighter temos exemplos que vão desde omitir o dia de aniversário de Vega/M.Bison e também que Ryu gosta de mizuyokan até mudar completamente o contexto do final de Fei Long e Cammy em Super Street Fighter II!

Exemplo de frase genérica de Ryu ao vencer Chun-Li na localização ocidental, substituindo a frase específica dele para ela.

Sem contar algumas frases de vitória específicas que se perderam em diversos jogos, como o caso da série Zero/Alpha, onde alguns personagens possuem frases que usam apenas com determinados adversários, como o caso que citei aqui de Ryu, que possui uma citação de vitória específica para Chun-Li e Sakura que se perdeu na localização.

Apesar de atualmente as diferenças, ao menos na série Street Fighter, serem mínimas, ler essa publicação acendeu o meu sinal de alerta, devido a tudo o que foi feito no passado.

E claro, por último, isso veio em meio a polêmica da Sweet Baby Inc. e Stellar Blade, que demonstra que sim, ao menos no ocidente existe um grupo de militância que quer participar de jogos (ou escrever sobre eles), mas que faz isso de forma completamente errada. Eu irei falar sobre isso especificamente numa outra postagem, para não sair do foco.

Site de Street Fighter 6 onde você pode mudar tranquilamente a opção do idioma (como ocorria no CRI de SF V) e poder comparar algo diretamente do japonês com qualquer outro idioma.

E diferente do que ocorria no passado, hoje é muito mais fácil tanto ter acesso ao material japonês (o próprio Street Fighter 6 possui a opção de você mudar o idioma do jogo) quanto também reclamar diretamente com a empresa e os envolvidos, como de fato está acontecendo.

Ou seja, quem simplesmente acha que é "lacração" ou coisa woke está errado, envolvendo a Capcom, a questão é mais profunda, com trabalhos porcos de localização, como eu mesma disse aqui.

Então o que dizer disso? Reclame direto com a Capcom, mostre a sua insatisfação. E não se atente apenas a essa polêmica envolvendo wokes, e sim, mostre o quanto a sua experiência como fã foi prejudicada graças a esse tipo de coisa.

Para terminar, quero deixar algo bem claro aqui. Eu sei que tradução é algo complicado, ainda mais quando envolve alguma gíria própria e piadas que só fazem sentido na língua original. E estamos falando do japonês, uma língua que possui nuances e diversas formas de dizer a mesma coisa mas que, por conta da palavra, muda completamente o contexto. Quantas vezes eu tive que recorrer a pessoas que sabiam japonês ou que conheciam quem sabe para eu poder traduzir algo? Porém uma coisa são adaptações para um melhor entendimento outra é mudar completamente o sentido de algo, coisa que foi recorrente no passado da Capcom e que tem acontecido na localização de games, mangás e animes nos EUA.

Desde SF IV eu acho a localização da série boa, com diferenças mínimas do japonês. Sem contar que a adaptação em português ainda colocou elementos comuns aos jogadores, como o termo "cuscuz" para o golpe Sumo Headbutt (スーパー頭突き, Sūpā Zutsuki). Só que, gato escaldado tem MUITO medo de água fria.

E também quero deixar claro, que não sou contra diversidade e inclusão, o meu problema é com alguns militantes idiotas que fazem uma militância completamente errada que prejudica a causa que eles dizem defender.

Então, para terminar, se você também não gostou disso, reclame mesmo com a Capcom. E na pior das hipóteses, façam eles sofrerem no bolso.

09 abril 2024

Novas artes conceituais são reveladas

O diretor de Street Fighter 6, Tkayuki Nakayama revelou artes conceituais de trajes para Rashi, A.K.I., Ed e Gouki/Akuma em seu X.

É bom lembrar que estas artes foram de trajes rejeitados, então a chance de algum ser a terceira roupa é zero. O mínimo que pode acontecer é o conceito de algum traje ali ser reaproveitado, com mudanças, como houve com um dos trajes rejeitados de Chun-Li.

Então, vamos conhecer os trajes?

Começando com o nosso querido RASHIDOOOOOOOOOOO!!! Sinceramente eu gostei dos trajes. E achei curioso o que possui os ventiladores.


As roupas de A.K.I. são interessante devido as referências contidas. 

O segundo, de máscara, algumas pessoas desconfiam que poderia ser referência a auto-caricatura do grande Akira Toriyama que faleceu recentemente. O terceiro lembra o personagem Shishio Makoto de Rurouni Kenshin, o quarto, praticamente um cosplay de F.A.N.G. e o quinto lembra a personagem Sharonde Street Fighter EX.

Os últimos trajes trazem o chapéu que o seu cabelo faz referência, sendo o último um cosplay da personagem Satsuki Kiryūin do anime Kill la Kill.

Agora vamos para o meu querido Ed. De um modo geral, assim como houve com Rashid, eu gostei dos trajes, de maneira geral. Porém tenho alguns comentários a fazer, como houve com os trajes de A.K.I.

Primeiro que eu gostei muito do segundo, com Ed de roupa social. Ele está um charme (tia Bia dando surto)! Segundo que a primeira roupa da fileira debaixo (que já era conhecido) ele está bem parecido com os irmãos Elric de Full Metal Alchemist, porém, usando parte do uniforme militar de Amestris. 

O que não seria estranho, visto que acho Ed na ilustração acima até que parecido com o Roy Mustang de Full Metal Alchemist. 

Os dois uniformes militares apresentados, após o "Ed Elric" assim como alguns conceituais de Street Fighter V, por algum motivo me traz uma vibe do anime Mobile Suit Gundam. O penúltimo traje, ao lado dele de roupa social, é um dos meus favoritos! 

E sobre Gouki/Akuma... Bem, o dele achei no mínimo, curiosos! O último é um que eu gostei bastante e o segundo faz referência direta ao Cyber-Akuma. 

O terceiro me faz lembrar, por incrível que pareça, o traje de professora de educação física de Sakura Ganbaru e que apareceu na série Street Fighter IV, assim como os trajes de treino de Street Fighter V.

Só que, de longe, o que me chamou a atenção foi o do Gouki/Akuma como um salaryman lutador e... Calvo! É não seria fácil para o nosso querido lutador de Satsui no Hadou.

E vocês, gostaram de algum? 

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